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O texto a seguir é fragmento de um artigo de divulgação científica.
A preferência pela mão esquerda ou direita provavelmente é resultado de um processo complexo, que envolve fatores genéticos e ambientais. O novo estudo, fruto de uma colaboração internacional, é a maior análise genética focada em canhotos da história: utilizou dados de 1,7 milhão de pessoas, extraídos de bancos como o UK Biobank e a empresa privada 23andMe. Comparando os genomas de destros, canhotos e ambidestros, a equipe descobriu que há 41 pares de bases ligados às chances de uma pessoa ser canhota, e sete relacionados a ambidestros. Um “par de bases” é, grosso modo, uma letrinha do DNA (A, T, C ou G).
Cada gene contém as instruções para fabricar uma proteína. Uma mudança em uma única letrinha do gene é capaz de mudar a sequência de tijolinhos que constroem essa proteína, e, por tabela, sua função. Ou seja: o que os geneticistas encontraram foram 41 letrinhas de DNA que aparecem só em pessoas canhotas. Daí até saber o que exatamente essas letrinhas mudam é outra história.
Ano da Prova:
2021
(A) Retire do texto duas características linguísticas que permitem classificá-lo como artigo de divulgação científica.
(B) Quais os sentidos, no texto, gerados pelo emprego do diminutivo nas palavras “letrinha(s)” e “tijolinhos”? Explique.
(C)
(D)
(E)
Resposta:
Alternativa Correta: )
a) Há várias características que podem ser destacadas: função referencial, por expor informações acerca de um estudo sobre a prevalência da mão esquerda ou direita; citação de dados estatísticos que embasam o estudo; uso de uma analogia didática para explicar o que é “um par de bases”, conceito específico da área da genética; linguagem acessível a leigos e menos técnica; a impessoalidade no emprego 3.a pessoa, o que garante efeito de objetividade etc. Todos esses fatores revelam o objetivo de divulgar para o público em geral (não especializado) a descoberta acadêmica a respeito do complexo processo que define canhotos e destros.
b) O diminutivo em “letrinhas” e “tijolinhos” é uma estratégia do autor para se aproximar do leitor leigo, ou seja, daquele que não tem muita afinidade com a linguagem técnica empregada nos textos de divulgação científica. Outra possibilidade de uso do diminutivo é o fato de se tratar de moléculas, fazendo alusão às suas minúsculas estruturas.