Ao longo do soneto, o eu lírico recorre reiteradamente ao – UNESP 2024 – Leia o soneto do poeta português Manuel Maria Barbosa du Bocage, para responder à questão…
Leia o soneto do poeta português Manuel Maria Barbosa du Bocage, para responder à questão
Olha, Marília, as flautas dos pastores,
Que bem que soam, como estão cadentes!
Olha o Tejo a sorrir-se! Olha: não sentes
Os Zéfiros 1 brincar por entre as flores?
Vê como ali, beijando-se, os Amores
Incitam nossos ósculos 2 ardentes!
Ei-las de planta em planta as inocentes,
As vagas borboletas de mil cores!
Naquele arbusto o rouxinol suspira;
Ora nas folhas a abelhinha para.
Ora nos ares, sussurrando, gira.
Que alegre campo! Que manhã tão clara!
Mas ah!, tudo o que vês, se eu não te vira,
Mais tristeza que a noite me causara.
1Zéfiro: vento que sopra do ocidente.
2 ósculo: beijo
Ao longo do soneto, o eu lírico recorre reiteradamente ao seguinte recurso retórico:
1Zéfiro: vento que sopra do ocidente.
2 ósculo: beijo
Ao longo do soneto, o eu lírico recorre reiteradamente ao seguinte recurso retórico:
(A) metalinguagem.
(B) Ironia.
(C) pleonasmo.
(D) personificação.
(E) antítese.
Resposta:
Alternativa Correta: D) personificação.
O eu lírico emprega a personificação ao mencionar o “Tejo a sorrir-se”, “o rouxinol a suspirar”, a “abelhinha a sussurrar”. Além disso, há elementos mitológicos como os Zéfiros, as brisas, que brincam entre as flores e os Amores (cupidos) a incitar ósculos, beijos ardentes.