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Leia o soneto do poeta português Manuel Maria Barbosa du Bocage, para responder à questão
Olha, Marília, as flautas dos pastores,
Que bem que soam, como estão cadentes!
Olha o Tejo a sorrir-se! Olha: não sentes
Os Zéfiros 1 brincar por entre as flores?
Vê como ali, beijando-se, os Amores
Incitam nossos ósculos 2 ardentes!
Ei-las de planta em planta as inocentes,
As vagas borboletas de mil cores!
Naquele arbusto o rouxinol suspira;
Ora nas folhas a abelhinha para.
Ora nos ares, sussurrando, gira.
Que alegre campo! Que manhã tão clara!
Mas ah!, tudo o que vês, se eu não te vira,
Mais tristeza que a noite me causara.
1Zéfiro: vento que sopra do ocidente.
2 ósculo: beijo
A paisagem retratada no soneto constitui um tópico recorrente na poesia
1Zéfiro: vento que sopra do ocidente.
2 ósculo: beijo
A paisagem retratada no soneto constitui um tópico recorrente na poesia
(A) realista.
(B) romântica.
(C) naturalista.
(D) arcádica.
(E) simbolista.
Resposta:
Alternativa Correta: D) arcádica.
O soneto descreve uma natureza agradável, amena, com o rio Tejo sorrindo, o vento Zéfiro brincando por entre as flores, as borboletas voando entre plantas, o rouxinol suspirando no arbusto, a abelhinha girando, enquanto suspira – quadro aprazível resumido na exclamação “Que alegre campo!”. Esse cenário atende ao lema do “locus amoenus”, típico do Arcadismo ou Neoclassicismo.