FuvestQuestões de Prova

Na última estrofe, a expressão que justifica o uso da – FUVEST 2016 

Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do Mundo

Alguns anos vivi em Itabira.
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade e
[comunicação.

A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,
vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres
[e sem horizontes.
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
é doce herança itabirana.

De Itabira trouxe prendas que ora te ofereço:
este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil;
este couro de anta, estendido no sofá da sala de
[visitas;

este orgulho, esta cabeça baixa…

Tive ouro, tive gado, tive fazendas.
Hoje sou funcionário público.
Itabira é apenas uma fotografia na parede.
Mas como dói!

Na última estrofe, a expressão que justifica o uso da conjunção sublinhada no verso “Mas como dói!” é:

(A) “Hoje”.

(B) “funcionário público”.

(C) “apenas”.

(D) “fotografia”.

(E) “parede”.

Resposta:

Alternativa Correta: C) “apenas”.

A conjunção “mas” estabelece uma oposição entre a declaração no último verso sobre a dor intensa provocada pela herança itabirana e a afirmação no penúltimo verso desse legado emocional, aparentemente superado, patente no termo “apenas” (“Itabira é apenas um retrato na parede”).

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