O que o Carnaval [na Idade Moderna] significava para o – UNESP 2024 – O que o Carnaval [na Idade Moderna] significava para o povo que participava dele? Num sentido, a p …
O que o Carnaval [na Idade Moderna] significava para o povo que participava dele? Num sentido, a pergunta é desnecessária. O Carnaval era um feriado, uma brincadeira, um fim em si mesmo, dispensando qualquer explicação ou justificativa. Era uma ocasião de êxtase e liberação. […] Por que o povo usava máscaras com narigões, por que atiravam ovos?
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Havia três temas principais no Carnaval, reais e simbólicos: comida, sexo e violência.
“O Carnaval sempre foi um ato político, ele está longe de ser uma festa da alienação […]”, diz o historiador e professor Luiz Antonio Simas.
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“O Carnaval quebra um padrão de normatividade que é regra durante todo o ano. É nesse momento que os grupos mais vulneráveis se sentem mais livres para exercer toda a sua diversidade”, diz Simas.
Os excertos abordam o significado do Carnaval em dois períodos históricos bastante distintos e
“O Carnaval sempre foi um ato político, ele está longe de ser uma festa da alienação […]”, diz o historiador e professor Luiz Antonio Simas.
[…]
“O Carnaval quebra um padrão de normatividade que é regra durante todo o ano. É nesse momento que os grupos mais vulneráveis se sentem mais livres para exercer toda a sua diversidade”, diz Simas.
Os excertos abordam o significado do Carnaval em dois períodos históricos bastante distintos e
(A) coincidem, ao indicar contradições da festa: a alegria da manifestação dos prazeres individuais e a tristeza diante da extrema violência do evento.
(B) coincidem, ao identificar duas dimensões da festa: uma mais imediata, a do prazer, e outra mais profunda, a de transformação comportamental.
(C) divergem, ao caracterizar a festa na Idade Moderna como ação política e a festa nos dias de hoje como puro divertimento e lazer.
(D) coincidem, ao mencionar os problemas da festa: um de ordem pública, a explicitação do sexo, e um de ordem privada, a carência alimentar.
(E) divergem, ao expor a autenticidade e espontaneidade da festa na Idade Moderna e o artificialismo e convencionalismo da festa nos dias de hoje.
Resposta:
Alternativa Correta: B) coincidem, ao identificar duas dimensões da festa: uma mais imediata, a do prazer, e outra mais profunda, a de transformação comportamental.
Os dois textos apresentam contextos históricos diferentes para o mesmo evento, o carnaval. O primeiro enfatiza que no ambiente da festa entende-se como permitidos diversos comportamentos alternativos. Já o segundo explicita que tais atos possuem também significados políticos que reafirmam o direito à existência da diversidade comportamental.