FGVQuestões de Prova

O que queremos destacar com isso é que o tráfico atlântico – FGV 2017 O que queremos destacar com isso é que o tráfico atlântico tendia a reforçar a natureza mercantil da s …

O que queremos destacar com isso é que o tráfico atlântico tendia a reforçar a natureza mercantil da sociedade colonial: apesar das intenções aristocráticas da nobreza da terra, as fortunas senhoriais podiam ser feitas e desfeitas facilmente. Ao mesmo tempo, observa-se a ascensão dos grandes negociantes coloniais, fornecedores de créditos e escravos à agricultura de exportação e às demais atividades econômicas. Na Bahia, desde o final do século XVII, e no Rio de Janeiro, desde pelo menos o início do século XVIII, o tráfico atlântico de escravos passou a ser controlado pelas comunidades mercantis locais (…).

Ano da Prova:
2017

O texto permite inferir que

(A) o tráfico atlântico de escravos prejudicou a economia
colonial brasileira porque uma enorme quantidade de
capitais, oriunda da produção agroindustrial, era
remetida para a África e para Portugal.

(B) as transações comercias envolvendo a África e a América portuguesa deveriam, necessariamente, passar pelas instâncias governamentais da Metrópole, condição típica do sistema colonial.

(C) a monopolização do tráfico negreiro nas mãos de
comerciantes encareceu essa mão de obra e atrasou o
desenvolvimento das atividades manufatureiras nas
regiões mais ricas da América portuguesa.

(D) as rivalidades econômicas e políticas entre fidalgos e
burgueses, no espaço colonial, impediram o crescimento mais acelerado da produção de outras mercadorias além do açúcar e do tabaco.

(E) nem todos os fluxos econômicos, durante o processo de
colonização portuguesa na América, eram con trolados
pela Coroa portuguesa, revelando uma certa autonomia
das elites coloniais em relação à burguesia
metropolitana.

Resposta:

Alternativa Correta: E) nem todos os fluxos econômicos, durante o processo de
colonização portuguesa na América, eram con trolados
pela Coroa portuguesa, revelando uma certa autonomia
das elites coloniais em relação à burguesia
metropolitana.

Segundo o autor, o tráfico negreiro e outras atividades econômicas coloniais escaparam ao controle da burguesia portuguesa e mesmo da própria Coroa, passando para as mãos de grupos locais ligados às práticas comerciais e financeiras.

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