Questões de ProvaUNICAMP

“Para inaugurar é preciso ter um defunto. Mas, por – UNICAMP 2020 “Para inaugurar é preciso ter um defunto. Mas, por desgraça, nenhum turista se afoga, nenhuma calamidade s …

“Para inaugurar é preciso ter um defunto. Mas, por desgraça, nenhum turista se afoga, nenhuma calamidade se abate sobre a cidade e os moribundos têm o desplante de ressuscitarem. Na ordem estabelecida por Odorico, o bem vira mal e o mal, bem.”

Ano da Prova:
2020

A comicidade de O Bem-amado, de Dias Gomes, deriva em grande medida da inversão de valores que a peça encena. Considerando os propósitos satíricos da obra, assinale a alternativa que evidencia tal inversão.

(A) A destinação de recursos para a construção de um cemitério público confere dignidade aos mortos.

(B) A hospitalidade dada aos doentes ilustra o uso do orçamento em prol do sistema público de saúde.

(C) A promoção do pistoleiro a delegado de polícia visa à reinserção social do criminoso.

(D) A inauguração do cemitério dá oportunidade a que se reverencie a memória do benfeitor da cidade.

Resposta:

Alternativa Correta: D) A inauguração do cemitério dá oportunidade a que se reverencie a memória do benfeitor da cidade.

O propósito satírico encenado na peça O Bem-amado fica evidenciado na inversão de valores da inauguração do cemitério em que o mal transforma-se em bem. Assim, há a oportunidade para que seja reverenciado como um eminente homem público o falecido prefeito Odorico, que foi um administrador corrupto, oportunista, demagogo e inescrupuloso. O mal de um cemitério construído às custas da má gestão de Sucupira vira, satiricamente, o bem construído por um pretenso benfeitor.

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