FGVQuestões de Prova

Vivendo num mundo agrícola, em que se percebe – FGV 2019 Vivendo num mundo agrícola, em que se percebe cotidianamente como alguns seres precisam morrer para que outros possam vi …

Vivendo num mundo agrícola, em que se percebe cotidianamente como alguns seres precisam morrer para que outros possam viver, convivendo com a constante ameaça da fome, das epidemias e das guerras, os medievais sentiam a onipresença da morte, mas isso não os incomodava. Eles tinham dela uma visão natural, tranquila, diferente da de seus descendentes dos séculos seguintes.

Ano da Prova:
2019

Para o homem medieval, a morte

(A) era o começo da vida eterna, conforme o cristianismo
ensinava e, chegado o momento, as pessoas
procuravam se preparar, sendo que a grande tragédia
não era morrer, mas morrer inesperadamente, sem ter
se confessado.

(B) representava a ausência da graça divina e apresentavase com vigor em momentos de descuido geral com as
práticas religiosas mais usuais, como no caso dos cultos
e dos sacramentos, especialmente a confissão.

(C) mostrava a diferença entre os homens e apontava para
a necessidade da acumulação de bens materiais e
morais como uma garantia para se ter um lugar no
paraíso, conforme a doutrina consolidada na Idade
Média ocidental.

(D) continuava sendo uma presença cotidiana mesmo após
as modificações ocorridas com a Crise do Século XIV,
com o notável desenvolvimento da mentalidade
coletivista, já que a morte se tornou objeto de culto
para todos os homens.

(E) manifestava-se de forma macabra, mórbida e
destrutiva e precisava ser antecedida de boas ações,
caso das esmolas e outras formas de caridade, para que
os homens tivessem a certeza de um justo julgamento
divino.

Resposta:

Alternativa Correta: A) era o começo da vida eterna, conforme o cristianismo
ensinava e, chegado o momento, as pessoas
procuravam se preparar, sendo que a grande tragédia
não era morrer, mas morrer inesperadamente, sem ter
se confessado.

A Igreja, como ordenadora moral e religiosa da Europa medieval, definia a vida na terra como uma passagem para o mundo espiritual, tendo a morte como portal de entrada para o segundo. Daí a necessidade da confissão (e consequente absolvição dos pecados cometidos) para assegurar a entrada do fiel no Paraíso.

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